
Vamos utilizar o exemplo do piloto acelerando o carro em uma reta. Ele acelerar o veículo até atingir uma rotação próxima ao limite, e então uma troca de marcha é feita. Como uma marcha mais longa foi selecionada, a rotação irá diminuir após a troca. E assim ele prosseguirá realizando trocas até se aproximar de uma curva.
Durante a aproximação, em alguns casos, é necessário frear o veículo para contornar a curva. Se a diferença de velocidade na curva for grande em relação a reta, será necessário reduzir a marcha para que o veículo se encontre em uma faixa de maior torque no instante em que o piloto retomar o acelerador. Neste cenário o piloto realiza uma mudança de marcha para uma de relação mais curta, e consequentemente, eleva a rotação do motor.

No caso das reduções sem assistência eletrônica um cuidado extra deve ser ressaltado. O piloto corre o risco de realizar um “Over-Rev” ou “Over-Revving”. Este cenário é propenso de acontecer quando o piloto utiliza muito do freio motor para parar o veículo. Ao reduzir uma marcha, sem frear suficientemente, a rotação do motor irá exceder o limite. Isto não acontece em casos de aceleração, pois o motor limita o giro, evitando assim uma quebra. Entretanto no caso da redução, o motor não consegue intervir, visto que, as rodas são as responsáveis por elevar a rotação das engrenagens do câmbio e do motor além do limite que elas foram projetas.
Um único caso de “over-rev” pode resultar na quebra de um motor, como também pode acontecer vários sem que haja um quebra. Tudo depende da quantidade do limite que ela foi extrapolada, e também por quantos segundo que o motor esteve na faixa acima do limite.

No caso da imagem da capa, temos uma situação de quando o piloto excedeu o limite de rotação durante a segunda redução de marcha.
